Tipos de Leitura (no âmbito da prática de ensino-aprendizagem de uma L2)
Seguindo uma estruturação tripartida de "modelos de leitura":
Tipo ascendente: (bottom-up) a compreensão segue uma linha do texto ao leitor, o processo de decodificação é linear e progressivo, fundamentado na informação visual, reconhecimento de letras, espaços, ordem, etc
(1)Modelos Ascendentes: Guia a compreensão sem experiências e expetativas do leitor, junta as letras até produzir o sentido da frase, as letras são transformadas em sons e dão origem aos métodos Sintáticos, favorecendo a decifração. Frase / Palavra / Sílaba /Letra ñ
(1)Modelos Ascendentes: Guia a compreensão sem experiências e expetativas do leitor, junta as letras até produzir o sentido da frase, as letras são transformadas em sons e dão origem aos métodos Sintáticos, favorecendo a decifração. Frase / Palavra / Sílaba /Letra ñ
Tipo descendente: (top-down) a compreensão dá-se a partir do leitor em direção ao texto. São "estruturas de conhecimento armazenadas" na mente do leitor (grafofónicas, sintáticas e semânticas) o que dá luz ao texto. O leitor reformula-as, reitera, fixa... durante o processo de leitura.
(1)Modelos Descendentes: Prevê o significado do texto e questiona sobre o texto com base no seu conhecimento. Aprende-se a ler, lendo. É uma leitura visual, na qual se reconhece as palavras sem passar pela correspondência grafo/fonológica. Estes modelos dão origem aos métodos Analíticos Globais. Contexto / Palavra / Sílaba /Letra ò
(1)Modelos Descendentes: Prevê o significado do texto e questiona sobre o texto com base no seu conhecimento. Aprende-se a ler, lendo. É uma leitura visual, na qual se reconhece as palavras sem passar pela correspondência grafo/fonológica. Estes modelos dão origem aos métodos Analíticos Globais. Contexto / Palavra / Sílaba /Letra ò
Tipo interativo: a compreensão dos sentidos é feita constantemente sobre a interação texto - sujeito.
(1)Modelos Interativos: São modelos em constante interação com os dois modelos anteriores. Neste modelo verifica-se claramente que a Leitura é um processo que requer a interação de muitas fontes de conhecimento. É uma fonte intermédia, Organiza a informação em função de conhecimentos prévios e dá origem aos métodos Semi-Globais ou Analítico-Sintéticos. É um modelo funcional com bons leitores, não em fases iniciais de aprendizagem da leitura.
Críticas aos Modelos Ascendentes:
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Críticas aos Modelos Descendentes:
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- Ausência de flexibilidade
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- Predições pelo contexto
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- Nem todas as letras são processadas
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- Só é possível em contextos predizíveis
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- O contexto influencia a leitura
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- Lento
-Difícil prever palavras difíceis ou desconhecidas
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Para Cassany (2006) - com a sua concepção sociocultural da leitura - tanto as estruturas prévias do sujeito como o significado das palavras têm uma origem social. Ler um texto envolve além da decodificação das palavras e da capacidade de fazer as inferências necessárias, conhecer a estruturação de cada género textual, quer dizer, como é utilizado pelo autor e pelos leitores (...)
"O letramento, entretanto, não inclui somente o que é transmitido por meio de textos escritos. Existem muitos discursos expressos oralmente, que foram planeados previamente por escrito, como é o caso da televisão, o rádio e muitas intervenções orais (por exemplo: seminários, entrevista de emprego, exposição de um projeto etc.).
Segundo Cassany (2006, p.40), a partir da perspectiva de letramento "literacía", considera-se que ao ler e escrever não só executamos regras ortográficas sobre um texto, também adotamos uma atitude concreta e um ponto de vista como autores ou leitores e utilizamos estilos de pensamento preestabelecidos para construir concepções concretas sobre a realidade. Além disso, o que escrevemos ou lemos configura a nossa identidade individual e social: como cada um se apresenta em sociedade, como é visto pelos outros, como se constrói como indivíduo dentro de um coletivo."
(1) Portefólio MLE Helena Barreto
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