O Adivinho
Jorge Luís Borges
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Microconto Borges
Jorge Luís Borges
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Literatura, Cinema, Teatro, Narratividade, Efabulação
Filme imprescindível Dans la Maison. (2012) F.Ozon
Este evento, realizado entre 15 e 17 de Novembro de 2010, foi co-produzido pela Companhia de Teatro “Colectivo 84″ e pelo Teatro São Luís, em Lisboa. Teve como objectivo promover e divulgar as novas tendências da escrita para teatro, em Portugal e na Europa. Foi preenchido por debates, encontros, e seminários com e sobre os autores e os seus textos, apresentados por encenadores e actores nacionais e estrangeiros.
Na sequência da sua participação as antigas alunas de EACs elaboraram este trabalho de síntese, publicado pelo Jornal Diário do Minho – Suplemento “Cultura”, de 12 de Janeiro de 2011.
Microficçao, nanoescrita, flash story,.... portuguesa
...ficam ainda as alusões à importância da micro-ficção
portuguesa como "género" emergente (inicialmente através da blogosfera e
agora, cada vez mais, através de várias publicações em livro impresso),
patente em autores como Rui Manuel Amaral (com a obra Doutor Avalanche, que vem na senda do seu primeiro livro, Caravana, publicado em 2008) ou até o próprio José Mário (recorde-se o Efeito Borboleta e outras histórias,
editado também em 2008), os quais procuram assim conjugar - num desafio
de escrita criativa (e também de leitura) - concisão e
concentração/intensidade expressivas para criar textos ora irónicos e
caústicos/parodísticos, ora humorísticos e desconcertantes, ora
aforísticos e reflexivos, em que o recurso à intertextualidade e ao
absurdo (nonsense) constituem algumas das tónicas fundamentais
(de que Rui Amaral é exemplo maior). Também o já consagrado António
Torrado fez uma feliz incursão (que não é nova na sua
produção ficcional) naquele que já foi apelidado de "género mais
promíscuo da actual literatura", com a publicação de uma colectânea de
contos mínimos intitulada O Conta-Gotas, a que o talentoso
ilustrador Gémeo Luís acrescentou desenhos posteriores, numa cuidada e
elegante publicação das Edições Eterogémeas.
http://esteoficiodepoeta.blogspot.com.es/2011/01/os-melhores-livros-de-2010-propostas-e.html
Livraria do Desassossego
Oslo abre livraria que só vende o
'Livro do Desassossego'
por Lusa27 março 2014
10 comentários
O escritor norueguês Christian Kjelstrup, que considera o "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, a melhor obra literária do mundo, decidiu abrir hoje no centro de Oslo a "Livraria do Desassossego", onde venderá exclusivamente aquele livro.
Em comunicado enviado à Lusa, a Casa Fernando Pessoa indica que Christian Kjelstrup, grande admirador não só da obra do heterónimo pessoano Bernardo Soares, como do resto da obra do escritor português, aproveitou a oportunidade única de arrendar apenas por uma semana um espaço comercial no centro da capital norueguesa para realizar aquele sonho antigo.
E, para dar um ambiente português à nova livraria, contará, ao longo de toda a semana, com a ajuda do emigrante português Joel Oliveira, que tocará, para os visitantes, a sua guitarra portuguesa.
No dia da inauguração, esta iniciativa do autor norueguês, que contou com o apoio da Embaixada de Portugal em Oslo, é já um êxito, refere a Casa Fernando Pessoa, tendo merecido uma reportagem no canal televisivo norueguês NRK, além de muitas referências e elogios nas redes sociais, que ainda não pararam de divulgar a 'pop-up store' (nome dado às lojas com tempo de vida limitado).
Na próxima segunda-feira, 31 de março, decorrerá a "Noite de Pessoa", a partir das 19:00 -- um evento que contará com a participação de algumas personalidades da cultura norueguesa.
A "Livraria do Desassossego" terá as portas abertas apenas até 02 de abril, de segunda a sexta-feira das 09:00 às 16:00 e ao sábado das 12:00 às 15:00.
O escritor norueguês Christian Kjelstrup, que considera o "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, a melhor obra literária do mundo, decidiu abrir hoje no centro de Oslo a "Livraria do Desassossego", onde venderá exclusivamente aquele livro.
Em comunicado enviado à Lusa, a Casa Fernando Pessoa indica que Christian Kjelstrup, grande admirador não só da obra do heterónimo pessoano Bernardo Soares, como do resto da obra do escritor português, aproveitou a oportunidade única de arrendar apenas por uma semana um espaço comercial no centro da capital norueguesa para realizar aquele sonho antigo.
E, para dar um ambiente português à nova livraria, contará, ao longo de toda a semana, com a ajuda do emigrante português Joel Oliveira, que tocará, para os visitantes, a sua guitarra portuguesa.
No dia da inauguração, esta iniciativa do autor norueguês, que contou com o apoio da Embaixada de Portugal em Oslo, é já um êxito, refere a Casa Fernando Pessoa, tendo merecido uma reportagem no canal televisivo norueguês NRK, além de muitas referências e elogios nas redes sociais, que ainda não pararam de divulgar a 'pop-up store' (nome dado às lojas com tempo de vida limitado).
Na próxima segunda-feira, 31 de março, decorrerá a "Noite de Pessoa", a partir das 19:00 -- um evento que contará com a participação de algumas personalidades da cultura norueguesa.
A "Livraria do Desassossego" terá as portas abertas apenas até 02 de abril, de segunda a sexta-feira das 09:00 às 16:00 e ao sábado das 12:00 às 15:00.
Narradores escandinavos contemporâneos
El Pais. 22 de Maio
SUÉCIA:
Per Wahlöö y Maj Sjöwall (Suecia, 1926-1975 y 1935)
La pareja Maj Sjöwall y Per Wahlöö revolucionó la novela nórdica entre los años sesenta y setenta con la serie Novela de un crimen, concebida como un proyecto político. Marxistas -dejaron el partido comunista en 1969-, planificaron minuciosamente cada una de las 10 novelas. Los principales objetivos de la pareja eran criticar el liberalismo capitalista y la socialdemocracia sueca que, denunciaron en sus historias, traicionó a la clase trabajadora. Para llevar adelante este empeño utilizaron la novela negra. El protagonista es Martin Beck, un antihéroe, primero inspector y luego comisario de la Brigada de Homicidios de Estocolmo. La serie es espléndida y plenamente vigente. Incluye títulos como El coche de bomberos que desapareció, El policía que ríe o El hombre del balcón. RBA y Columna, en catalán, las están publicando por orden cronológico.
Tomas Tranströmer (Suecia, 1931)
Tranströmer es un poeta fundamental que tras un derrame cerebral dejó atrás para siempre las palabras. Se dice que su poesía está vinculada al surrealismo, pero no es cierto, a no ser que pensemos que Eliot y Pound fueron surrealistas. Lo único que hicieron Eliot y Pound fue introducir la ley de la discontinuidad en poesía, de forma que el poema aparecía siempre fraccionado y a ratos más resplandeciente por la pureza molecular de sus fragmentos. Es lo que ocurre en los poemas de Tranströmer, por otra parte admirables porque lo contienen todo: musicalidad exquisita y sabiamente temblorosa. Poemas suyos como 'Soledad', donde el poeta nos confiesa que estuvo a punto de morir, y 'Carrillón' son buena prueba de ello. Es autor de diez poemarios. (Nórdica ha publicado su antología El cielo a medio hacer).
Per Olov Enquist (Suecia, 1934)
Per Olov Enquist ha ido construyendo su obra con inteligencia y sufrimiento, ahondando de forma admirable en el abismo humano, en sus mismos límites, con lirismo y agudeza. Y al hablar de los límites humanos ha de entenderse esa frontera en que la humanidad se ve obligada a convivir con la monstruosidad. Nacido en una región del norte de Suecia de la que suele hablar con melancolía y pavor, ha experimentado dramas personales de mucho calado. En sus obras ha frecuentado el mundo contemporáneo, como en su estremecedora novela El ángel caído (E. de la Torre), pero también la antigüedad clásica, como en su drama Para Fedra (Libros del Innombrable), o el siglo XVII, como en su novela La visita del médico de cámara (Destino). No sería aventurado decir que Enquist es uno de los mejores escritores europeos de nuestro tiempo.
Lars Gustafsson (Suecia, 1936)
Novelista, poeta y ensayista de formación filosófica que a pesar de la edad y la distancia (vive en Austin, Tejas, desde hace un cuarto de siglo) sigue siendo una figura central de la literatura sueca. Sus novelas se publican en España desde finales de los ochenta y ahora mismo el lector puede encontrar en las librerías Muerte de un apicultor (Nórdica) y una trilogía ambientada en Tejas compuesta por Windy habla, La historia del perro y El decano (Akal). Su obra -abundante, profunda y diversa- cobra auténtico relieve cuando es apreciada desde una perspectiva de conjunto; toda ella es fruto de un lento proceso de sedimentación durante el cual ha ido abordando cuestiones éticas, filosóficas e incluso teológicas que, en lugar de entorpecer la lectura de sus textos, le sirven para vertebrarlos y dotarlos de un equilibrio admirable entre fondo y forma.
Torgny Lindgren (Suecia, 1938)
Lindgren inició su trayectoria literaria como poeta, y sus primeros poemarios inciden en cierta mística del ser, de tonos claramente religiosos, como en Poemas de Vimmerby, donde accedemos a un mundo que evoca de alguna manera el de Sinfonía pastoral de Gide. Lindgren es un novelista notable, autor de obras como El camino de la serpiente sobre la roca (Bassarai), o Betsabé (Nórdica), donde narra, con una profundidad tan asentada como la de Thomas Mann en José y sus hermanos, pero más ágil y vivaz, el episodio bíblico en el que el rey David se desprende de su amigo Urías para acceder a Betsabé y desposarla. Se trata de un melodrama muy hábil y profundamente existencial, donde Lindgren conquista una cierta redondez en la que pone en funcionamiento todo lo que ha aprendido como poeta y narrador hasta ese momento.
Henning Mankell (Suecia, 1948)
Henning Mankell es el mejor discípulo de Sjöwall y Wahlöö. Pero hay grandes diferencias entre el comisario Martin Beck y el inspector Wallander. El primero pensaba que aún era posible un mundo mejor; Wallander sabe que es imposible. La primera novela que se publicó en España, La quinta mujer, fue una revelación. Luego Tusquets, en castellano y en catalán, las ha ido publicando todas en orden cronológico. Mankell se ha dedicado en la serie de Wallander -nueve novelas y un libro de relatos- a desmontar nuestras ideas preconcebidas de la Suecia del bienestar. Es implacable. Todas sus novelas atrapan, pero la última, El hombre inquieto, en la que Wallander nos dice adiós, es espléndida. Por sus páginas pasan las excelentes Asesinos sin rostro, Los perros de Riga, La leona blanca, El hombre sonriente... Le echaremos en falta.
Stieg Larsson (Suecia, 1954-2004)
La trilogía Millennium es una historia transversal de esas que gustan a todo tipo de lectores. Los hombres que no amaban a las mujeres, La chica que soñaba con una cerilla y un bidón de gasolina y La reina en el palacio de las corrientes de aire tienen todos los elementos para hacerlas explosivas. Dos protagonistas fabulosos, Mikael Blomkvist y Lisbeth Salander. Unas tramas tremendas en las que puede pasar cualquier cosa, desde el incesto a la tortura y algo tan sencillo y complejo a la vez como la lucha permanente entre el bien y el mal. Un retrato más: Suecia peor que mal. Pasan tantas cosas que el escritor no permite el sosiego al lector. La reflexión sobre la ética del periodismo o sobre las trampas financieras es oportuna y estimulante. Las publica Destino en castellano y Columna en catalán.
FINLÂNDIA
Arto Paasilinna (Finlandia, 1942)
Hace seis años Anagrama fichó al autor más popular de Finlandia después de que Ediciones de la Torre publicará su primer libro traducido al castellano: El año de la liebre. Desde entonces este novelista especialmente prolífico -su producción desde 1972 hasta la fecha es de una novela por año- se ha ido ganando progresivamente a los lectores españoles con su prosa sencilla y probadamente eficaz para acometer una sátira social feroz y divertida. Sus dotes cómicas le permiten abordar temáticas tan delicadas para los finlandeses como el suicidio (Delicioso suicidio en grupo), el extravío existencial de un pastor luterano (El mejor amigo del oso) o la estigmatización del diferente (El molinero aullador) a través de historias protagonizadas por espíritus libres y de comportamiento excéntrico que recurren a la fuga para encontrarse a sí mismos.
NORUEGA
Kjell Askildsen (Noruega, 1929)
En esta Europa envejecida y cínica la obra de Askildsen actúa como un espejo roto. "Escribo sobre nuestra época, sobre el espíritu de esta época", explica en una entrevista este maestro indiscutible del relato corto, experto en pulir el texto -con papel de lija- para conservar en la página lo estrictamente esencial. Sus personajes fríos, mezquinos, víctimas crueles que no pretenden caerle bien ni al lector ni al autor ni a sí mismos, se regodean en su miseria existencial. Su rompedor debut literario, Desde ahora te acompañaré a casa (1953), ha sido publicado por Lengua de Trapo, que ha publicado sus principales títulos: Un vasto y desierto paisaje, Últimas notas de Thomas F. para la humanidad y el magnífico Los perros de Tesalónica, disponibles también en un solo volumen: Todo como antes (Debolsillo).
Dag Solstad (Noruega, 1941)
Autor e intelectual de pasado maoísta, a finales de los ochenta dio un giro a su trayectoria para reflejar la crisis de la sociedad noruega como una crisis de la conciencia individual producida, en gran medida, por el fin de las utopías y el paso de una cultura de ciudadanos a un mercado de consumidores. A partir de entonces sus personajes (como el Bjørn Hansen de Novela once, obra dieciocho o el Elias Rukla de Pudor y dignidad, ambas en Lengua de Trapo) luchan consigo mismos, y lo hacen por medio de ejercicios de rebeldía pasiva que justifican misteriosamente los caprichos de su conducta. En este nuevo realismo de la conciencia el discurso fluye de forma sinuosa, con rodeos y reiteraciones a la Bernhard, una de sus principales influencias junto a Ibsen, cuya obra clásica El pato salvaje sirve de inspiración metaliteraria en las dos novelas mencionadas.
Jostein Gaarder (Oslo, 1952)
Arrasó en 1991 con una novela pedagógica: El mundo de Sofía, que lo convirtió en una celebridad. Casi todas las narraciones de Jostein Gaarder tienden a ser pedagógicas, y ya antes de su éxito, en su novela El misterio del solitario, Gaarder quería ser pedagógico al narrarnos el viaje de un muchacho a Grecia lleno de reflexiones sobre el misterio de la vida. Las intenciones pedagógicas se perciben igualmente en El enigma del espejo, Los niños de Sukhavati y, por supuesto, El libro de las religiones, su última obra narrativo-pedagógica hasta el momento. Sin negar sus habilidades como fabulador y tejedor de tramas deslumbrantes, el problema reside en el vínculo tan tenaz que Gaarder ha establecido entre pedagogía y literatura, sobre todo si pensamos que ya desde el siglo XIX literatura y pedagogía conforman mundos bastante excluyentes.
DINAMARCA
Peter Høeg (Dinamarca, 1957)
A Høeg se le suele relacionar con el realismo mágico, pero es un error, a no ser que consideremos que las ficciones de Borges son realismo mágico, y que sería también un error pues son más bien de una lógica devastadora, como algunas de las ficciones de Høeg. Su relato Retrato de un joven en equilibrio es muy revelador a ese respecto. Høeg consigue una ficción aterradora sobre el mundo de los espejos y sobre el fenómeno de la repetición, la repetición de gestos y de clichés, la repetición de afectos y de deseos, y donde el espejo es visto como una pantalla en la que el hombre proyecta sus añoranzas de equilibrio y de horror, de felicidad y de espanto. Su novela La señorita Smila y su especial percepción de la nieve es una admirable inmersión en la soledad, el tiempo y el deseo. Lo mismo se podría decir de Los fronterizos (ambas en Tusquets).
Henrik Nordbrandt (Dinamarca, 1945)
A principios de este año la colección Debolsillo publicó Nuestro amor es como Bizancio, una extensa antología de este poeta viajero que cambió el Báltico por el Mediterráneo para dejar en el camino una riquísima colección de instantáneas sobre su experiencia y percepción de los grandes temas universales: la distancia, el sueño, la pérdida, el olvido y, cómo no, el amor. La potencia sensorial de su lenguaje le permite trasladar al lector desde el detalle más nimio hasta dimensiones infinitas en poemas fugaces que adereza con una fina ironía para evitar caer en el sentimentalismo. No es casual que su larga carrera haya sido reconocida con galardones de tanto prestigio como el Premio Nórdico de la Academia Sueca (conocido como el pequeño Nobel) y el Premio del Consejo Nórdico.
ISLÂNDIA
Gudbergur Bergsson (Islandia, 1932)
Nacido en la ínsula más remota de Europa si excluimos Groenlandia, Gudbergur Bergsson conoce muy bien la cultura española, y la conoce bien hasta el punto de poder traducir a Cervantes y a Borges. En 1967 su novela Tomas Jonson, metsölubúk, traducida al español por Tomas Jonson. Best seller (Alfaguara), fue una revelación gloriosa, en un país no demasiado acostumbrado a grandes revelaciones literarias. Los jóvenes islandeses de diferentes generaciones han sido devotos de esta novela enrevesada y audaz en la que se mezclan hiperrealismo y surrealismo en partes iguales, sin llegar nunca a lo que entendemos por realismo mágico, en parte porque todo parece presidido por un humor tan ácido y tan extraño como el humor islandés. Bergsson es un apasionado de la picaresca española, y parte de su humor tendría también ahí su matriz.
Arnaldur Indridason (Islandia, 1961)
Cuando en 2006 se publicó en España Las marismas, de Arnaldur Indridason, no se había producido aún la moda nórdica desatada por los libros de Stieg Larsson. Pero fue La mujer de verde (2008) la que le lanzó a la fama. Le siguió La voz (2010). El escritor se distingue por dos características. Primero, estas novelas narran historias que suceden en el pasado y estallan en el presente. En Las marismas, la exhumación del cadáver de una niña muerta hace 40 años provoca el regreso de viejos fantasmas. En La mujer de verde, el descubrimiento de un cadáver enterrado hace al menos 50 años sacará a la luz un hecho aterrador. En La voz, la tragedia de un niño prodigio que perdió la voz con la adolescencia. La segunda es un auténtico hallazgo: el viejo inspector Erlendur, un hombre honesto, solitario, que no juzga sino que escucha y trata de comprender.
Sjón (Islandia, 1962)
Bajo el seudónimo Sjón se esconde Sigurjón B. Sigurðsson, una figura central del panorama cultural de Reikiavik, agitador surrealista y polifacético que publicó su primer libro de poemas cuando tenía 15 años y desde entonces no ha parado: además de una decena de poemarios, siete novelas y tres libros infantiles, ha compuesto canciones y vídeos musicales para Björk, pasajes de banda sonora para Lars von Trier o el guión de una parodia de las películas de terror ambientada en un ballenero. Hace algo más de un año irrumpió en España con la novela El zorro ártico (Skugga-Baldur, Nórdica Libros), una historia excepcional inspirada en las sagas y merecedora del Premio del Consejo Nórdico de 2005. Su buena acogida por la crítica internacional explica que ya haya sido traducida a casi una veintena de idiomas.
La pareja Maj Sjöwall y Per Wahlöö revolucionó la novela nórdica entre los años sesenta y setenta con la serie Novela de un crimen, concebida como un proyecto político. Marxistas -dejaron el partido comunista en 1969-, planificaron minuciosamente cada una de las 10 novelas. Los principales objetivos de la pareja eran criticar el liberalismo capitalista y la socialdemocracia sueca que, denunciaron en sus historias, traicionó a la clase trabajadora. Para llevar adelante este empeño utilizaron la novela negra. El protagonista es Martin Beck, un antihéroe, primero inspector y luego comisario de la Brigada de Homicidios de Estocolmo. La serie es espléndida y plenamente vigente. Incluye títulos como El coche de bomberos que desapareció, El policía que ríe o El hombre del balcón. RBA y Columna, en catalán, las están publicando por orden cronológico.
Tomas Tranströmer (Suecia, 1931)
Tranströmer es un poeta fundamental que tras un derrame cerebral dejó atrás para siempre las palabras. Se dice que su poesía está vinculada al surrealismo, pero no es cierto, a no ser que pensemos que Eliot y Pound fueron surrealistas. Lo único que hicieron Eliot y Pound fue introducir la ley de la discontinuidad en poesía, de forma que el poema aparecía siempre fraccionado y a ratos más resplandeciente por la pureza molecular de sus fragmentos. Es lo que ocurre en los poemas de Tranströmer, por otra parte admirables porque lo contienen todo: musicalidad exquisita y sabiamente temblorosa. Poemas suyos como 'Soledad', donde el poeta nos confiesa que estuvo a punto de morir, y 'Carrillón' son buena prueba de ello. Es autor de diez poemarios. (Nórdica ha publicado su antología El cielo a medio hacer).
Per Olov Enquist (Suecia, 1934)
Per Olov Enquist ha ido construyendo su obra con inteligencia y sufrimiento, ahondando de forma admirable en el abismo humano, en sus mismos límites, con lirismo y agudeza. Y al hablar de los límites humanos ha de entenderse esa frontera en que la humanidad se ve obligada a convivir con la monstruosidad. Nacido en una región del norte de Suecia de la que suele hablar con melancolía y pavor, ha experimentado dramas personales de mucho calado. En sus obras ha frecuentado el mundo contemporáneo, como en su estremecedora novela El ángel caído (E. de la Torre), pero también la antigüedad clásica, como en su drama Para Fedra (Libros del Innombrable), o el siglo XVII, como en su novela La visita del médico de cámara (Destino). No sería aventurado decir que Enquist es uno de los mejores escritores europeos de nuestro tiempo.
Lars Gustafsson (Suecia, 1936)
Novelista, poeta y ensayista de formación filosófica que a pesar de la edad y la distancia (vive en Austin, Tejas, desde hace un cuarto de siglo) sigue siendo una figura central de la literatura sueca. Sus novelas se publican en España desde finales de los ochenta y ahora mismo el lector puede encontrar en las librerías Muerte de un apicultor (Nórdica) y una trilogía ambientada en Tejas compuesta por Windy habla, La historia del perro y El decano (Akal). Su obra -abundante, profunda y diversa- cobra auténtico relieve cuando es apreciada desde una perspectiva de conjunto; toda ella es fruto de un lento proceso de sedimentación durante el cual ha ido abordando cuestiones éticas, filosóficas e incluso teológicas que, en lugar de entorpecer la lectura de sus textos, le sirven para vertebrarlos y dotarlos de un equilibrio admirable entre fondo y forma.
Torgny Lindgren (Suecia, 1938)
Lindgren inició su trayectoria literaria como poeta, y sus primeros poemarios inciden en cierta mística del ser, de tonos claramente religiosos, como en Poemas de Vimmerby, donde accedemos a un mundo que evoca de alguna manera el de Sinfonía pastoral de Gide. Lindgren es un novelista notable, autor de obras como El camino de la serpiente sobre la roca (Bassarai), o Betsabé (Nórdica), donde narra, con una profundidad tan asentada como la de Thomas Mann en José y sus hermanos, pero más ágil y vivaz, el episodio bíblico en el que el rey David se desprende de su amigo Urías para acceder a Betsabé y desposarla. Se trata de un melodrama muy hábil y profundamente existencial, donde Lindgren conquista una cierta redondez en la que pone en funcionamiento todo lo que ha aprendido como poeta y narrador hasta ese momento.
Henning Mankell (Suecia, 1948)
Henning Mankell es el mejor discípulo de Sjöwall y Wahlöö. Pero hay grandes diferencias entre el comisario Martin Beck y el inspector Wallander. El primero pensaba que aún era posible un mundo mejor; Wallander sabe que es imposible. La primera novela que se publicó en España, La quinta mujer, fue una revelación. Luego Tusquets, en castellano y en catalán, las ha ido publicando todas en orden cronológico. Mankell se ha dedicado en la serie de Wallander -nueve novelas y un libro de relatos- a desmontar nuestras ideas preconcebidas de la Suecia del bienestar. Es implacable. Todas sus novelas atrapan, pero la última, El hombre inquieto, en la que Wallander nos dice adiós, es espléndida. Por sus páginas pasan las excelentes Asesinos sin rostro, Los perros de Riga, La leona blanca, El hombre sonriente... Le echaremos en falta.
Stieg Larsson (Suecia, 1954-2004)
La trilogía Millennium es una historia transversal de esas que gustan a todo tipo de lectores. Los hombres que no amaban a las mujeres, La chica que soñaba con una cerilla y un bidón de gasolina y La reina en el palacio de las corrientes de aire tienen todos los elementos para hacerlas explosivas. Dos protagonistas fabulosos, Mikael Blomkvist y Lisbeth Salander. Unas tramas tremendas en las que puede pasar cualquier cosa, desde el incesto a la tortura y algo tan sencillo y complejo a la vez como la lucha permanente entre el bien y el mal. Un retrato más: Suecia peor que mal. Pasan tantas cosas que el escritor no permite el sosiego al lector. La reflexión sobre la ética del periodismo o sobre las trampas financieras es oportuna y estimulante. Las publica Destino en castellano y Columna en catalán.
FINLÂNDIA
Arto Paasilinna (Finlandia, 1942)
Hace seis años Anagrama fichó al autor más popular de Finlandia después de que Ediciones de la Torre publicará su primer libro traducido al castellano: El año de la liebre. Desde entonces este novelista especialmente prolífico -su producción desde 1972 hasta la fecha es de una novela por año- se ha ido ganando progresivamente a los lectores españoles con su prosa sencilla y probadamente eficaz para acometer una sátira social feroz y divertida. Sus dotes cómicas le permiten abordar temáticas tan delicadas para los finlandeses como el suicidio (Delicioso suicidio en grupo), el extravío existencial de un pastor luterano (El mejor amigo del oso) o la estigmatización del diferente (El molinero aullador) a través de historias protagonizadas por espíritus libres y de comportamiento excéntrico que recurren a la fuga para encontrarse a sí mismos.
NORUEGA
Kjell Askildsen (Noruega, 1929)
En esta Europa envejecida y cínica la obra de Askildsen actúa como un espejo roto. "Escribo sobre nuestra época, sobre el espíritu de esta época", explica en una entrevista este maestro indiscutible del relato corto, experto en pulir el texto -con papel de lija- para conservar en la página lo estrictamente esencial. Sus personajes fríos, mezquinos, víctimas crueles que no pretenden caerle bien ni al lector ni al autor ni a sí mismos, se regodean en su miseria existencial. Su rompedor debut literario, Desde ahora te acompañaré a casa (1953), ha sido publicado por Lengua de Trapo, que ha publicado sus principales títulos: Un vasto y desierto paisaje, Últimas notas de Thomas F. para la humanidad y el magnífico Los perros de Tesalónica, disponibles también en un solo volumen: Todo como antes (Debolsillo).
Dag Solstad (Noruega, 1941)
Autor e intelectual de pasado maoísta, a finales de los ochenta dio un giro a su trayectoria para reflejar la crisis de la sociedad noruega como una crisis de la conciencia individual producida, en gran medida, por el fin de las utopías y el paso de una cultura de ciudadanos a un mercado de consumidores. A partir de entonces sus personajes (como el Bjørn Hansen de Novela once, obra dieciocho o el Elias Rukla de Pudor y dignidad, ambas en Lengua de Trapo) luchan consigo mismos, y lo hacen por medio de ejercicios de rebeldía pasiva que justifican misteriosamente los caprichos de su conducta. En este nuevo realismo de la conciencia el discurso fluye de forma sinuosa, con rodeos y reiteraciones a la Bernhard, una de sus principales influencias junto a Ibsen, cuya obra clásica El pato salvaje sirve de inspiración metaliteraria en las dos novelas mencionadas.
Jostein Gaarder (Oslo, 1952)
Arrasó en 1991 con una novela pedagógica: El mundo de Sofía, que lo convirtió en una celebridad. Casi todas las narraciones de Jostein Gaarder tienden a ser pedagógicas, y ya antes de su éxito, en su novela El misterio del solitario, Gaarder quería ser pedagógico al narrarnos el viaje de un muchacho a Grecia lleno de reflexiones sobre el misterio de la vida. Las intenciones pedagógicas se perciben igualmente en El enigma del espejo, Los niños de Sukhavati y, por supuesto, El libro de las religiones, su última obra narrativo-pedagógica hasta el momento. Sin negar sus habilidades como fabulador y tejedor de tramas deslumbrantes, el problema reside en el vínculo tan tenaz que Gaarder ha establecido entre pedagogía y literatura, sobre todo si pensamos que ya desde el siglo XIX literatura y pedagogía conforman mundos bastante excluyentes.
DINAMARCA
Peter Høeg (Dinamarca, 1957)
A Høeg se le suele relacionar con el realismo mágico, pero es un error, a no ser que consideremos que las ficciones de Borges son realismo mágico, y que sería también un error pues son más bien de una lógica devastadora, como algunas de las ficciones de Høeg. Su relato Retrato de un joven en equilibrio es muy revelador a ese respecto. Høeg consigue una ficción aterradora sobre el mundo de los espejos y sobre el fenómeno de la repetición, la repetición de gestos y de clichés, la repetición de afectos y de deseos, y donde el espejo es visto como una pantalla en la que el hombre proyecta sus añoranzas de equilibrio y de horror, de felicidad y de espanto. Su novela La señorita Smila y su especial percepción de la nieve es una admirable inmersión en la soledad, el tiempo y el deseo. Lo mismo se podría decir de Los fronterizos (ambas en Tusquets).
Henrik Nordbrandt (Dinamarca, 1945)
A principios de este año la colección Debolsillo publicó Nuestro amor es como Bizancio, una extensa antología de este poeta viajero que cambió el Báltico por el Mediterráneo para dejar en el camino una riquísima colección de instantáneas sobre su experiencia y percepción de los grandes temas universales: la distancia, el sueño, la pérdida, el olvido y, cómo no, el amor. La potencia sensorial de su lenguaje le permite trasladar al lector desde el detalle más nimio hasta dimensiones infinitas en poemas fugaces que adereza con una fina ironía para evitar caer en el sentimentalismo. No es casual que su larga carrera haya sido reconocida con galardones de tanto prestigio como el Premio Nórdico de la Academia Sueca (conocido como el pequeño Nobel) y el Premio del Consejo Nórdico.
ISLÂNDIA
Gudbergur Bergsson (Islandia, 1932)
Nacido en la ínsula más remota de Europa si excluimos Groenlandia, Gudbergur Bergsson conoce muy bien la cultura española, y la conoce bien hasta el punto de poder traducir a Cervantes y a Borges. En 1967 su novela Tomas Jonson, metsölubúk, traducida al español por Tomas Jonson. Best seller (Alfaguara), fue una revelación gloriosa, en un país no demasiado acostumbrado a grandes revelaciones literarias. Los jóvenes islandeses de diferentes generaciones han sido devotos de esta novela enrevesada y audaz en la que se mezclan hiperrealismo y surrealismo en partes iguales, sin llegar nunca a lo que entendemos por realismo mágico, en parte porque todo parece presidido por un humor tan ácido y tan extraño como el humor islandés. Bergsson es un apasionado de la picaresca española, y parte de su humor tendría también ahí su matriz.
Arnaldur Indridason (Islandia, 1961)
Cuando en 2006 se publicó en España Las marismas, de Arnaldur Indridason, no se había producido aún la moda nórdica desatada por los libros de Stieg Larsson. Pero fue La mujer de verde (2008) la que le lanzó a la fama. Le siguió La voz (2010). El escritor se distingue por dos características. Primero, estas novelas narran historias que suceden en el pasado y estallan en el presente. En Las marismas, la exhumación del cadáver de una niña muerta hace 40 años provoca el regreso de viejos fantasmas. En La mujer de verde, el descubrimiento de un cadáver enterrado hace al menos 50 años sacará a la luz un hecho aterrador. En La voz, la tragedia de un niño prodigio que perdió la voz con la adolescencia. La segunda es un auténtico hallazgo: el viejo inspector Erlendur, un hombre honesto, solitario, que no juzga sino que escucha y trata de comprender.
Sjón (Islandia, 1962)
Bajo el seudónimo Sjón se esconde Sigurjón B. Sigurðsson, una figura central del panorama cultural de Reikiavik, agitador surrealista y polifacético que publicó su primer libro de poemas cuando tenía 15 años y desde entonces no ha parado: además de una decena de poemarios, siete novelas y tres libros infantiles, ha compuesto canciones y vídeos musicales para Björk, pasajes de banda sonora para Lars von Trier o el guión de una parodia de las películas de terror ambientada en un ballenero. Hace algo más de un año irrumpió en España con la novela El zorro ártico (Skugga-Baldur, Nórdica Libros), una historia excepcional inspirada en las sagas y merecedora del Premio del Consejo Nórdico de 2005. Su buena acogida por la crítica internacional explica que ya haya sido traducida a casi una veintena de idiomas.
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